Calvície Feminina

 

A calvície feminina é mais comum do que se pensa. Mulheres também possuem hormônio masculino, em menor quantidade, e apresentam predisposição genética para a queda dos cabelos. Aproximadamente 25% delas entre 25 e 40 anos e 50% acima dos 40 apresentam o problema em algum grau. Somente 20% dos casos têm relação com o histórico familiar.

 

Nas mulheres o processo de rarefação é  difuso, a perda ocorre na região central e superior do couro cabeludo, sem afetar a linha anterior de implantação dos cabelos. Há a transformação de um pêlo terminal grosso em velus ( penugem ). É também conhecida como Alopecia Androgenética Feminina ou Padrão Feminino de Perda de cabelos. A causa é considerada multi-fatorial, sabendo-se que também ocorre a conversão da testosterona ( hormônio masculino que também circula nas mulheres, porém em uma quantidade menor do que a dos homens ) para DHT ( dihidrotestosterona ), através da enzima 5 alfa redutase. Nas mulheres os andrógenos ( hormônios masculinos ) são produzidos nas glândulas supra-renais e nos ovários. As mulheres tem 3,5 vezes menos 5 alfa redutase do que os homens, mas esta enzima também se encontra em maior concentração na região frontal, explicando o início da rarefação capilar neste local.

 

Na maioria das vezes, não se detectam aumentos hormonais masculinos na corrente sangüínea. O que ocorre é uma sensibilidade dos receptores celulares à DHT, desencadeando o processo de miniaturização ( diminuição do diâmetro e tamanho da haste dos fios e redução da fase de crescimento dos mesmos ) dos fios. Os fatores desencadeantes podem ser: desordem hormonal, incluindo início ou interrupção de uso de anticoncepcional, pós-parto e período peri e pós menopausa.

 

Para um diagnóstico preciso da calvície feminina, sempre devemos afastar qualquer outra causa que gere uma queda abrupta de cabelos. As mais comuns são: anemia por deficiência de ferro, dieta alimentar restritiva, doenças da tireóide, alterações hormonais com aumento de hormônios masculinos, início ou interrupção do uso de anticoncepcionais orais, período pós-parto, uso de alguns medicamentos, estados pós cirúrgicos ou pós estresses. Para isso, a paciente deve ser submetida a uma detalhada história clínica, exame físico e a exames laboratoriais. 

 

A principal queixa das pacientes do sexo feminino é conseguir visualizar o couro cabeludo através dos fios de cabelo, quando se olham de frente no espelho. A calvície feminina é classificada em 3 tipos principais ,segundo Ludwig, baseando-se na rarefação capilar que se inicia na linha de divisão dos cabelos, e que evolui lateralmente acometendo toda a superfície superior do couro cabeludo.

 

 

P. Tenho medo de ficar com aquele aspecto de “cabelo de boneca” após a cirurgia. Isto pode acontecer?  

R. Não. Hoje as técnicas utilizadas visam a naturalidade. As maiores preocupações do cirurgião de calvície, hoje em dia, são o traçado da linha anterior – que deve manter algum tipo de entrada, o desenho sempre feito com linhas quebradas evitando-se o aspecto artificial – e a quantidade e qualidade de cabelos enxertados, que deve ser a máxima possível.

 

P. Que tipo de anestesia é realizada nesta cirurgia?  

R. Anestesia local associada a uma sedação assistida pelo nosso anestesista. Algumas horas após o término da cirurgia o paciente está apto a retornar ao seu domicílio.

 

P. Preciso ficar afastado de meu trabalho?  

R. Entre 24 a 48 horas após a cirurgia o paciente está liberado para as suas atividades normais de trabalho.

 

P. Vou sentir dor no pós-operatório?  

R. Dor, em pós-operatório de cirurgia plástica, é uma entidade pouco frequente. Mesmo assim, para alguns pacientes mais sensíveis são prescritos analgésicos de uso comum, para qualquer indício de dor ou desconforto no pós cirurgia.

 

P. Depois de quanto tempo começa a crescer o cabelo transplantado?  

R. Entre 2 e 3 meses após a cirurgia começam aparecer os fios de cabelo definitivos. Entretanto, não é raro aparecerem fios com até 8 meses de pós operatório.

 

P. Qual o tempo ideal entre uma etapa e outra de transplante capilar?  

R. No mínimo 9 meses entre uma operação e outra.

 

P. É preciso raspar os cabelos que ainda tenho para esta cirurgia? 

 

R. Não.

 

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